terça-feira, 20 de agosto de 2013

A adaga invisível

Lokjar nem sempre fora assim, movimentada, caravanas de comerciantes por toda parte, viajantes de diversas raças ... "não, nem sempre fora assim..." pensa Cilanyl, o elfo se arriscou a retornar para a floresta em que nasceu, há 15 anos não pisava nessas terras, desde a rebelião de Sylfilen. O meio-elfo era a causa de sua apreensão, o atual rei destituiu a família real élfica, aliás, todos os nobres elfos cinzentos desapareceram do plano material, questionado, Sylfilen afirmou ter banido todos eles para Arvandor, mas ninguém tem certeza se em forma física.

Usurpador era a palavra usada pelos elfos, nem todos a usavam, é verdade, uma parte razoável dos altos-elfos se ressentia da nobreza cinzenta pelos frequentes banimentos de seus amigos, familiares e amados, elfos, meio-elfos, humanos ou simpatizantes da união entre os povos. O vale a oeste da floresta se tornou populoso, vilarejos floresciam por toda sua extensão, e logo ficou conhecido como o Vale dos Meio-elfos.

A miscigenação começou após a guerra dos deuses, com a população élfica devastada na linha de frente, as famílias nobres cinzentas fortemente enfraquecidas, seus principais heróis mortos, sua magnífica cidade no coração da floresta Lokjar quase deserta, os elfos cinzentos começaram a fazer vista grossa à interação entre os altos-elfos e elfos de Ereth sobreviventes e os humanos da tribo de Brurn, altos, robustos, de cabelos e olhos negros e pele variando do claro ao moreno. Esta tribo foi uma aliada importante durante a guerra dos deuses, e também sofreu grandemente no cerco às forças de Braggest, onde hoje é a Colina dos Homens Mortos.

Se não houvesse essa miscigenação, não se sabe se o reino sobreviveria na verdade, filhos meio-elfos acabaram se casando com filhas elfas, e a população de altos-elfos e elfos de Ereth aumentou o suficiente para garantir a sobrevivência até mesmo dos elfos cinzentos (com casamentos entre nobres altos-elfos e elfos cinzentos). Mas os meio-elfos que se casavam com meio-elfos ou humanos passaram a contar com uma perseguição cada vez mais frequente conforme os séculos iam passando. E durante um reinado particularmente cruel, o de Celymbril Ametista, os banimentos se tornaram comuns e os que resistiam eram executados.

As execuções terminaram após seu reinado, mas os banimentos continuaram, e restrições sociais foram impostas à meio-elfos e elfos que não tinham sangue puro. Humanos foram proibidos de adentrar as florestas, e a inimizade entre os povos cresceu até mesmo entre os descendentes de Brurn. Foi no ápice deste cenário que Sylfilen surgiu. As consequências de sua rebelião foram a extinção dos nobres elfos, a expulsão de todos os elfos cinzentos puros (e não-nobres) e a expropriação de seus bens. Os altos-elfos também não passaram incólumes durante a mudança de poder, todos os que apoiaram a nobreza foram banidos, o que significa que quase toda a classe militar sobrevivente partiu (a maior parte para a Floresta Verde), e é aí que mora o medo de Cilanyl, banido durante a rebelião, sua filha, Helany, se recusou a partir com seus pais por causa de seu amor para com Felandrin, um meio-elfo artesão. Cilanyl veio visitar seu neto que acabou de nascer, deixou a esposa na Floresta Verde por considerar a jornada perigosa, mas fez questão de conhecer seu neto e tentar reatar sua relação com a filha.

Cilanyl já havia passado pelo 4° portão da imensa cidade de pedra branca no topo da colina florestada, quando foi parado pelos guardas, "meio-elfos", pensou, os homens usavam armaduras simples ornamentadas, polidas de maneira que a luz do sol refulgia cegante, basinetes ornamentados com asas nas laterais cobriam suas cabeças, espadas bastardas pendiam em suas costas, e nas mãos, um enorme glaive-guisarme. "Retire o capuz", disse o mais alto, Cilanyl obedeceu, mostrando seus cabelos negros lisos, ornados por uma tiara prateada com uma granada no centro da testa, seus olhos verdes, e pele clara, típicos de um alto-elfo, olhava para cima a fim de encarar o soldado que o questionava, este tinha quase 1,75m (alto para um meio-elfo), enquanto Cilanyl não passava de 1,5m. O nome de seu povo "alto"-elfo, se referia na verdade aos costumes habitacionais destes:  suas moradias eram todas construídas no alto de árvores ancestrais, ao contrário dos acampamentos no solo dos elfos verdes, das moradias de pedra em colinas ou montanhas dos elfos cinzentos ou das construções aleatórias dos elfos de Ereth.

Cilanyl não teve mais problemas com guardas ao andar sem o capuz, sem apresentar traços de elfos cinzentos, ele teria problemas apenas se alguém o reconhecesse. Ele ainda conhecia bem os caminhos da cidade, e chegou a joalheria de Felandrin ao entardecer, aqui o meio-elfo vendia seu competente trabalho, alguns dizem, embora poucos acreditem, que corre sangue de elfo cinzento no rapaz, devido às suas habilidades com jóias e metais. Felandrin não reconheceu o elfo, e elogiou sua tiara, perguntando em seguida se estaria interessado em um colar cravejado de granadas. Cilanyl então respondeu: "Não, meu competente rapaz, meu interesse reside em sua bela esposa e seu filho". O rapaz, de pele muito clara, olhos azuis e cabelos loiros presos parcialmente atrás, levantou uma das sobrancelhas, para depois mudar sua expressão de desconfiança para espanto, "Celanyl!", "perdão, perdão! Não o reconheci", disse o meio-elfo saindo de trás do balcão e tomando o elfo pelo braço, "Venha! Helany ficará tão surpresa quanto eu!", disse o rapaz enquanto levava o elfo para o interior da loja. "Espero que de maneira positiva", pensou Cilanyl.

Passaram por um pequeno jardim com uma fonte no centro, uma pequena, mas bela estátua servia de ornamento no centro da fonte, um alpendre logo a frente exibia uma jovem elfa sentada em uma cadeira de balanço, embalando um bebê em seu colo. Helany tinha seus longos cabelos negros presos em tranças e continuava tão bela quanto seu pai lembrava. Felandrin estava certo, a expressão de espanto de Helany quando viu seu pai era parecida com a sua, "Pai!", disse a jovem para entrar em seus aposentos rapidamente. Cilanyl não sabia se sua reação apressada significava que a moça não queria vê-lo ou se queria muito vê-lo. Suas dúvidas acabaram quando a moça surgiu pela porta no térreo apressada, com lágrimas nos olhos e entregou o bebê a Felandrin para poder abraçar seu pai.

"Eu pensei que ainda me odiasse por ter ficado!", disse a jovem elfa aos prantos, "Eu pensei que me odiasse por nunca ter voltado", pensou o pai. "Nunca minha filha, fez o que era necessário para sua felicidade. E nos presenteou com mais vida", disse Cilanyl enquanto caminhavam abraçados para observar o menino nos braços de Felandrin. O pequeno ser possuía minúsculas orelhas pontudas, um pequeno traço de cabelos escuros, que no momento pareciam até mesmo azulados, e grandes olhos azuis escuros, que lembravam uma ametista, "roxos!" pensou o avô, "não, não faz sentido, deve ser o modo que a luz incide".

Olhos roxos eram raros até mesmo entre os elfos cinzentos, as lendas élficas contam que apenas os elfos que ficavam mais próximos aos deuses adquiriram a cor dos olhos devido ao brilho que estes emitiam. De acordo com as lendas, durante o êxodo élfico, para a terra prometida pelos deuses, Selanora, a Caçadora, a mando de Aerllon guiou os elfos pela Terra Escura até a costa em uma longa jornada, lá Lerini os ensinou a navegar e Ileserine ensinou magia para os que se interessavam. No fim, apenas a tribo que se tornaria a subraça cinzenta viajou até Arvandor com Ileserine. Não se sabe ao certo como os altos elfos chegaram a Asgorathyr, mas textos antigos contam que curiosos em conhecer a cidade do panteão, que na época existia ao mesmo tempo em Arvandor e Asgorathyr, construíram fabulosas embarcações sob a benção de Lerini e migraram para o pequeno continente, encontrando os elfos cinzentos já estabelecidos.

Sem se importar em questionar Felandrin, Cilanyl pegou seu neto e passou longos momentos perdido naquela magia que havia quase esquecido. Despertou com Helany lhe dizendo: "Haverá uma reunião hoje, nossos amigos trarão presentes para Sinustril", seu pai a olhou com espanto, "Não creio ser uma boa idéia ser visto em público", a risada de Helany precedeu sua fala, "Não seja tolo papai, estamos em outra era, não há mais guerra, só alegria". A paz dentro da cidade para os cidadãos de Lokjar havia amolecido o casal, que não considerava a presença de um antigo militar de baixa patente como uma ameaça ao reinado de Sylfilen. Relutante, Cilanyl concordou em participar da reunião.

Enquanto Felandrin e alguns empregados preparavam a casa para os festejos, Helany perguntava para o pai: "Como ficou sabendo do nascimento de Sinustril?", "Sua mãe, se esqueceu?", perguntou o pai, e respondia logo depois, "Ela ainda se embrenha na arte da Adivinhação, não se tornou nenhuma arcana poderosa, mas às vezes consegue algo útil", deu uma breve risada que foi seguida pela gargalhada alegre da filha.

Os convidados começaram a chegar, Cilanyl não conhecia a maioria deles, mas eram todos amistosos, e o cumprimentavam e trocavam conversas, alguns velhos amigos o saudaram com intensidade, mas o elfo ficou apreensivo com a chegada de um meio-elfo em específico: Calaenthr. O velho meio-elfo, de cabelos grisalhos, o cumprimentou polidamente, mas seu sorriso possuía uma malícia que o desagradava. Calaenthr era um servo no castelo real, é dito que durante a rebelião, matou vários de seus senhores com sua adaga de adamantite. "O que faz Calaenthr, hoje?", perguntou Cilanyl à seu genro, "é um burocrata no castelo de Sylfilen", respondeu Felandril, "é um velho amigo dos meus falecidos pais, seus presentes são muito extravagantes. Alguns se perguntam como alguém na posição dele tem tanto dinheiro".

O velho, como Felandril ilustrara, deu um caríssimo presente para o bebê, seus servos trouxeram um berço talhado em madeira nobre, incrustado de gemas e com entalhes em ouro e prata, tomou um pouco de hidromel, e partiu logo, alegando tarefas importantes que não podiam esperar, sempre olhando com o canto do olho para Cilanyl. O elfo, preocupado, acabou por se sentir um pouco zonzo, e pediu aposentos para descansar à sua filha, e foi prontamente atendido.

No escuro dos aposentos, deitado na confortável cama que seu genro disponibilizava a seus hóspedes, Cilanyl ponderava se era prudente estar ali, é claro que a visão de seu neto e o abraço de sua filha fazia tudo valer a pena, mas e se isso custasse sua vida? E sua esposa? Como reagiria, longe de sua filha, e sem seu esposo? Percebeu então um brilho azulado com o canto do olho direito, ao se virar viu uma aparição translucente, um elfo, difícil de distinguir a subraça sem o auxílio de cores, mas a imagem de suas vestimentas ornamentadas e cheia de jóias belíssimas, dava a entender que havia sido um elfo cinzento em vida. Um terror sobrenatural se apossou de Cilanyl, seu coração disparava em louco frenesi. A aparição mexia os lábios, mas nenhum som saía de sua boca. Estava quase desmaiando quando uma comoção no jardim chamou sua atenção, ao se virar, a aparição não estava mais lá.

Correu para o jardim tentando trazer ordem aos seus pensamentos e chegar em alguma conclusão racional para aquilo tudo. Guardas como os sentinelas do 4° portão imobilizavam todos os presentes, apenas protestos verbais eram proferidos, quando Calaenthr aponta para Cilanyl e diz aos guardas "Aquele é para ser trazido morto". Imediatamente Cilanyl corre para dentro e procura sua espada em seus pertences, enquanto ouve os protestos dos que antes festejavam com sua filha, dessa, reconhecia o choro desesperado. "Não irei cair assim tão fácil minha filha, esses meio-elfos vão aprender o que significa um elfo empunhando uma espada longa".

Sua promessa se cumpriu, um a um, os soldados que adentravam os aposentos caíam. Cilanyl possuía uma habilidade fenomenal no manuseio da espada longa, e era mais rápido que os guardas com suas espadas bastardas, derrubava guarda por guarda com golpes no pescoço e na face, antes que pudesse ser atacado. Calaenthr surgiu pela porta, protegido por um guarda a sua frente, preparando uma besta para disparar contra Cilanyl, mas o elfo foi mais rápido, e arremessou uma adaga de prata de sua bota que aterrisou no pomo-de-adão do velho. O olhar de desprezo do meio-elfo terminou sem vida ao chão, Cilanyl se esquivou do golpe de espada do guarda e desferiu um poderoso golpe na garganta do pobre rapaz que caiu estrebuchando  e manchando de sangue o belo piso de mármore do aposento. Os pensamentos ainda tomavam forma na mente de Cilanyl e ele chegava a conclusão que os lábios da aparição diziam "perigo".

Estava baixando a guarda, quando sentiu alguém próximo, era tarde demais, uma lâmina invisível abria seu pescoço, enquanto alguém atrás de si o segurava com força, outra lâmina abriu sua barriga, e a sua frente surgia do nada, um meio-elfo empunhando a adaga que o adentrara. Caiu no chão gorgolejando o sangue em sua garganta, pensava em sua esposa quando a escuridão o abraçou. Helany gritava do lado de fora, e o meio-elfo mais baixo perguntava ao outro, "Quem prepara o feitiço de Esquecimento hoje? Eu? Você? Ou Ciliarth?", estranhou o olhar de espanto do colega, preparava-se para perguntar o por que da expressão idiota quando sentiu um frio tremendo e viu uma lâmina azul-transparente surgindo de seu peito, seu colega caia com a mão no peito e a expressão de terror, e ele logo o seguiu.

A aparição se dirigiu ao jardim e o caos se instaurou de vez. Os poucos que não caíam horrorizados com a mão no peito, fugiam arrancando os cabelos. Apenas dois guardas sacaram as espadas com a vã esperança de ferir o espírito que os ameaçava. Logo estavam no chão, tremendo de frio, e sua força vital se transferiu para a aparição. No fim o silêncio era quebrado apenas pelo choro de uma criança, deitada sobre sua mãe, o rosto dela e de seu pai jaziam ao chão com uma expressão horrorizada. A aparição olhava com o que parecia ser tristeza, para o bebê. E então moveu sua capa e desapareceu.

Ficha

Aparição Cinzenta
 

 


Clima/terreno: Qualquer; Frequência: Muito rara; Organização: Solitária; Ciclo de atividade: Noturno; Dieta: Nula; Inteligência: Excepcional a Supra (15-20); Tesouro: Nenhum; Tendência: Varia; Quantidade/encontro: 1; CA: 0; Movimento: 15; Dados de Vida: 7; TAC0: 13; # Ataques: Varia; Dano/ataque: 3-18; Ataques Especiais: Aura de terror, Toque vampírico; Defesas Especiais: Arma +1 ou melhor para acertar; PM: 50%; Tamanho: M (1,5m); Moral: Campeão (15-16); Valor em XP: 6000+

Enquanto algumas elfas malignas se tornam banshees após suas mortes, elfos cinzentos que sofrem mortes violentas podem se tornar Aparições Cinzentas.
Esses monstros, como as banshees, têm a aparência de fantasmas luminosos flutuantes (costumam pairar a meio metro do solo), brilhando com uma aura cinza-azulada à noite, mas quase invisíveis sob a luz do sol (60%).
Os trajes e equipamentos que usava em vida permanecem na aparição do elfo (os itens mais estimados e aos quais era mais acostumado, mas são uma mera sombra, armas parecem ser brandidas, entretanto o dano é causado como Toque Vampírico).

A simples visão de uma Aparição Cinzenta causa terror em qualquer criatura senciente adulta (a critério do mestre, use como modelo, humanos de 12 anos para cima), um teste de resistência à morte deve ser realizado, aqueles que falharem caem inconscientes e devem testar Colapso, uma falha significa a morte. Mesmo os que passam no teste a morte, devem realizar um teste de resistência à magia com modificadores de Sabedoria, se falharem, fogem em pânico por 2-12 turnos e adquirem algum tipo de insanidade (sorteada pelo mestre - veja Players Options: Spells & Magic para referências). Qualquer um que tenha falhado em um ou ambos os testes terá uma lembrança muito vaga do encontro.
A aparição ataca com a arma que usava em vida (ou o toque caso não usasse nenhuma), o ataque de toque ignora quaisquer bônus de CA que não forem mágicos ou de esquiva e causa dano como uma Toque Vampírico, usando o DV do monstro como nível de execução (3d6 de dano). O número de ataques varia conforme a habilidade da aparição em vida, bônus de especialista se aplicam às jogadas de ataque, mas não às de dano. Esta é a habilidade mais aterrorizante de uma aparição cinzenta, já que cada ataque bem-sucedido, restaura pontos de vida do morto-vivo.
Para complicar mais as coisas, aparições cinzentas resistem ao Poder da Fé como banshees, ou seja, na linha "especial" da tabela, e Dissipar o Mal só funciona nas aparições de tendência malignas.
Possuem as mesmas imunidades de mortos-vivos e banshees, ou seja: feitiço, sono, paralisia, venenos, frio e eletricidade.
Aparições podem se tornar invisíveis a vontade uma vez por turno.

Aparições cinzentas buscam vingança por suas mortes ou vigilância sobre suas obras ou pessoas mais amadas. Sua memória é nublada, o que pode afetar esses parâmetros de existência desses mortos-vivos, resultando em vingança contra todos com o mesmo símbolo que o assassino, ou feições parecidas.
Isto também pode estender a existência da aparição no plano material, até a extinção de toda uma facção ou o fim de sua própria linhagem.
Como podia se esperar, a maioria dessas criaturas com alinhamento maligno permaneceram no plano material para vingança, enquanto aqueles com vontade de ferro para proteger suas linhagens podem ter conseguido manter seus alinhamentos anteriores, numa batalha diária entre suas vontades e a energia do plano negativo.
Seja como for, aparições não possuem mais nenhuma ligação com bens materiais e não guardam tesouros, o valor dado à vida também diminui, uma vez constatado que a morte não é o fim, não há remorso algum em enviar aqueles que cruzam seus caminhos à seu destino pós-vida.

Aparições não tem qualquer função ecológica, e não se envolvem com quaisquer outros seres vivos além daqueles que desejam proteger ou se vingar. A exceção a isso, são raças que tragam qualquer lembrança de quando eram vivos e evoquem a necessidade de exterminá-las (por exemplo, quando uma aparição era viva, sobreviveu aos horrores de uma invasão orc, qualquer orc nas proximidades pode atrair sua ira).